sábado

Quinto dia de viagem – Dia 12/10/2008, domingo – De Santa Maria (RS) até as proximidades de Concórdia (Argentina) – 600 km rodados

Ficamos em Santa Maria até o dia 11 de outubro. Na manhã do dia 12 seguimos para Uruguaiana/RS, onde fizemos o câmbio de reais por pesos na rodoviária da cidade. Adentramos a Argentina por Passo de Los Libres onde observamos que nos postos YPF existe diferença considerável no preço da gasolina para argentinos e estrangeiros, que pagam mais caro. Esses postos não são uma boa alternativa de abastecimento.

Seguimos em direção a Buenos Aires. Ao passar pelas imediações de Concórdia, na província de Entre Rios, fomos parados e extorquidos pela polícia camiñera, como já esperávamos, pois esta é, infelizmente, uma prática corriqueira da polícia rodoviária argentina, particularmente nas províncias de Entre Rios e Corrientes. Fato denunciado por diversos viajantes e publicado em livros e revistas especializados em turismo e veículos. É difícil entrar e sair da Argentina sem ser parado por qualquer motivo e achacado pelos policiais corruptos. São milhares de relatos de motoristas e motociclistas que visitaram aquele país. Todo mundo sabe, mas parece que o governo de lá faz vista grossa para a corrupção policial que corre solta. Depois de nos atrasarem por 40 minutos e após limparem nossas carteiras, seguimos para Concórdia. Mal andamos 70 km e fomos obrigados a parar por causa de uma tempestade que se iniciava. Os ventos eram fortes e suficientes para balançar as motos, mesmo paradas. Resolvemos pernoitar em um hotel ao lado do posto de gasolina, onde degustamos nossas primeiras garrafas de vinho da região. No hotel, tivemos a oportunidade fazer amizade com um motociclista argentino que havia participado, juntamente com sua esposa, do encontro em Santa Maria. Relatamos a ele o incidente com os policiais, fato que o deixou indignado por se tratar de um magistrado em seu país. Neste dia rodamos 600 km.


(foto em Uruguaiana (RS), na fronteira com a Argentina)

Sexto dia de viagem – Dia 13/10/2008, segunda – De Concórdia a Buenos Aires – 460 km rodados

Neste dia 13, após esperarmos sem sucesso por algumas horas as chuvas e os ventos diminuírem, resolvemos seguir para Buenos Aires por volta das 10 h embaixo daquele mal tempo mesmo. Almoçamos algumas horas depois e no reinicio da viagem fomos novamente parados e constrangidos pela polícia camiñera que queria nos obrigar a pagar outra “multa” (cujo dinheiro iria direto para o bolso deles). Mais um golpe dos corruptos contra nossos bolsos. Por sorte, naquele momento, antes de desembolsarmos nova propina, avistamos a moto BMW de nosso amigo magistrado argentino que parou em nosso socorro. Ele desceu de sua moto e dirigiu-se ao comandante da “missão” relatando que éramos companheiros de encontro e de viagem e que já havíamos sido extorquidos no dia anterior. Exigiu nossa liberação, o que acabou acontecendo! Depois deste encontro não programado fomos escoltados pelo novo amigo até a entrada de Buenos Aires. A rodovia de acesso à capital argentina possui diversas pistas de rolamento e seguimos tranqüilos por aquele percurso. Com o auxílio do GPS chegamos ao nosso hotel sem maiores problemas. Contamos também com a sorte de se tratar de feriado no país, com o trânsito bastante vazio. Chegamos aproximadamente às 16h ao hotel com 460 km rodados naquele dia.

À noite saímos para tomar um vinho e comer Parrillada (churrasco argentino com diversos tipos de carnes) que na verdade não nos agradou muito por causa das diferentes carnes e do tempero que não somos muito habituados no nosso dia-a-dia no Brasil.




(fotos: ao lado do magistrado argentino e sua esposa (que nos socorreram dos policiais corruptos), comendo parillada portenha e em frente do estádio do Boca Júniors)


Sétimo dia de viagem – Dia 14/10/2008, terça – Parados em Buenos Aires

Neste dia 14 contratamos, através do hotel, uma empresa de turismo que nos levou a um tour por Buenos Aires, onde tiramos fotos nos principais pontos turísticos. Trata-se de uma cidade incrivelmente linda e com muitos contrastes sociais: como ficou evidenciado no bairro da Boca (onde fica o estádio do Boca Juniors), muito pobre; e do outro lado da cidade onde se localiza o Puerto Madero, lugar de restaurantes chiques freqüentados pela elite da sociedade argentina.



(fotos em Puerto Madero e Plaza Rosada)

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